sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Grandes Citações (4)

A propósito de algumas coisas que se perceberam da última reunião pública de Câmara.

"Nas traseiras da minha casa também não me parece sério, deve fazer muito barulho."

"Estive em Sesimbra na Quarta-Feira mas garanto que não tive nada que ver com a destruição da publicidade da Festa do Avante."


Pedro Estadão, 31/08/2007, em Sesimbra

domingo, 26 de agosto de 2007

Grandes Citações (3)

"Porra, tú até parece que passaste pelo quintal da sede do Barreiro, vai lá, vai!"

Pedro Estadão, Sesimbra, 26/08/2007

sábado, 25 de agosto de 2007

Grandes Citações (2)

Foi mais um grande momento de profundidade filosófica, esta quinta-feira, quando interrompi as minhas férias para ir ao Barreiro. Foi assim:

"Ele há gajos que até saiem baratinhos."

Pedro Estadão, 23/08/2007, no Café "O ZÉ"

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Pensamentos Roubados (1)

Ai está o primeiro de muitos pensamentos que tenho vindo a roubar ao longo da minha vida. Apropriei-me deles mas sei onde é que os fui buscar, por isso, seguem acompanhados com o nome da vítima.

"Como o fulano disse, em Itália, durante 30 anos sob os Bórgias, tiveram guerras, terror, assassínios e derramamento de sangue, mas produziram o Miguel Ângelo, o Leonardo da Vinci e a Renascença. Na Suíça tiveram amor fraternal, deu-lhes 500 anos de democracia e paz, e o que é que produziram? O relógio de cuco. Até logo, Holly."

Orson Welles, The Third Man, 1949

sábado, 18 de agosto de 2007

Grandes Citações (1)

Apresento-lhes hoje a primeira de um conjunto de grandes citações passadas pelo crivo da mente deste vosso humilde servo. Garanto-lhes que vale a pena reflectir sobre cada uma delas:

"A mulher de César não precisa ser séria, basta parecer."
Pedro Estadão, 14/08/2007, no Café Pireza

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

I LOVE THE MARQUIS STREET MARKET


A minha actividade preferida é, sem sombra de dúvida, viajar pelo mundo. Já visitei uma conta de Países, cidades e aldeias em quatro continentes e tenho uma teoria: A qualidade de vida e o avanço civilizacional de um povo pode ser avaliada pelos seus mercados. Tive companheiros de viagem com fixação em visitar museus, outros em igrejas e outros em praias, mas, para mim, não há viagem completa sem visitar um souk, que é como os nossos vizinhos islâmicos chamam aos seus mercados de rua. Não deixei de visitar Templos Budistas, Catedrais, Mesquitas e Sinagogas, mas o que me ficou sempre na retina foram as cores e o movimento das pessoas nos mercados de levante. Nos mercados que visitei em todas as minhas viagens pude observar o verdadeiro pulsar dos povos que lá habitavam, foi sempre nos mercados de rua que encontrei o “país real”.

De Londres trouxe uma camisola com a orgulhosa inscrição: I LOVE PORTOBELLO ROAD. Trouxe também de lá a convicção de que era uma coisa daquelas que nos faltava. Mas não passei daí. Uma noite destas encontrei na rua o Cabós Gonçalves que relatava, com o entusiasmo que lhe é reconhecido, a sua ideia para a Rua Marquês de Pombal e a sua intenção de a apresentar na Assembleia Municipal do Barreiro como uma iniciativa de cidadania. Não foi o seu entusiasmo que me contagiou, a verdade é que já tinha enraizada em mim a ideia de que era daquilo que precisávamos. Tornei-me instantaneamente um faccioso do Mercado de Rua Marquês de Pombal.

Passei a fazer publicidade à ideia onde quer que me encontrasse, e passei a deparar-me com toda a espécie de questões e dúvidas, felizmente pude encontrar a resposta a todas elas no blogue que o Cabós criou para promover a sua ideia, o www.mercadomarquezdepombal.blogspot.com, e hoje sou um verdadeiro crente de que a implementação e o desenvolvimento desta ideia é urgente e inevitável.

Se é verdade que a extinção do mercado de levante na Verderena não vai encontrar uma resposta imediata e completa na ideia proposta para a Rua Marquês de Pombal, também é verdade que o tipo de mercado de rua que se propõe constitui uma mudança de paradigma, e nós sabemos que as pessoas levantam todo o tipo de dúvidas e questões sempre que se trata de mudar seja o que for. A questão é que este é o novo paradigma que precisamos e que podemos pôr em prática já hoje e deixá-lo evoluir. O actual mercado de rua é mais parecido com os bazares do Norte de África e do Médio Oriente que com os mercados de rua modulares do Norte da Europa e esta é uma evidência com a qual nos devemos confrontar. Actualmente, as regras de higiene e segurança alimentar e as normas comunitárias que o nosso país implementou não são compatíveis com a continuidade da existência de mercados do tipo do da Verderena, e isso leva-nos a uma situação paradoxal: ou evoluímos ou acabamos com o mercado. Em meu ver, a solução para a evolução passa pela implementação da proposta que o Cabós fez na Assembleia Municipal.

É necessário que o mercado ganhe condições de vária ordem, desde as de higiene e segurança, às condições de trabalho para os feirantes, passando pelo conforto dos visitantes e pela facilidade de verificação de uma série de parâmetros pelas autoridades de saúde pública e policiais, a proposta do Mercado de Rua Marquês de Pombal vai ao encontro de todas estas questões e resolve-as superiormente. A visão de que a implementação da ideia pode ser gradual e tem muito caminho para andar é certeira, parece-me que os Barreirenses não vão perdoar a quem falte a visão política para colocar a ideia em marcha. É fácil, é barato e dá milhões.

Fazendo uma rápida análise das consequências podemos afirmar que a realização do Mercado de Rua Marquês de Pombal nos moldes propostos pelo Cabós Gonçalves iria permitir um número de coisas: primeiro, serviria o propósito de revitalizar o Barreiro Velho; segundo, criaria uma solução, ainda que parcial para o problema dos vendedores do mercado da Verderena; terceiro, criaria no Barreiro um mercado de rua com marca e com elevado potencial turístico; quarto, proporcionaria, em conjunto com o Fórum Barreiro a criação de uma extensa área comercial e de desenvolvimento económico na extensão que separa os dois pólos e que passaria a ser certamente frequentada por um denso trânsito pedonal, pelo menos dois dias por semana; por último, mas não menos importante, poderia ser um instrumento para colocar na nossa cidade um mercado de produtos regionais de uma área que vai de Alcácer do Sal a Alcochete com vértice no Barreiro. Uma ideia destas não pode ser desprezável.

O Mercado de Rua Marquês de Pombal, para mim, faz parte do Barreiro do futuro e pode ser uma âncora do desenvolvimento que queremos para a nossa terra, é por isso que apoio esta proposta do António Cabós Gonçalves incondicionalmente, e farei tudo o que estiver ao meu alcance para promover esta ideia que me parece sólida, séria, e bem estruturada.

O futuro começa hoje. Só falta a vontade política para pôr as coisas a andar. Gostava de poder, um dia destes, dar os parabéns a um Presidente da Câmara Municipal do Barreiro por pôr em prática esta ideia, e gostava de me poder gabar de um dia, ao sair de um avião em qualquer parte do mundo, ver um estrangeiro qualquer com uma t-shirt a dizer “I LOVE THE MARQUIS STREET MARKET”.

P.S.: Este artigo estava guardado há uma quinzena e prometido a mais de uma dezena de amigos, segue hoje por finalmente ter resolvido o meu problema de acesso à Internet que me afastou da vossa companhia por mais de um mês.